Quase exatos dois anos depois... muito prazer, again!
Digo muito prazer porque a volta requer uma nova apresentação, pois decerto, não sou mais a mesma (ou não!).
Reli quase todos meus textos anteriores e relembrei que comecei isto aqui com “um assunto à altura de uma estréia”: Sex and the City. Portanto, que tal o recomeço com Sex and the City 2? Mais uma vez não estou aqui para fazer críticas cinematográficas ou qualquer coisa do tipo, mas apenas para falar de velhos queridos assuntos: Cinema, Moda, Arquitetura, Cidades, Comportamento, Relações, Amizade e Amor.
Há dois anos assisti ao primeiro longa concentrada no comportamento das personagens como conseqüência da cidade, tal como uma boa recém-formada em arquitetura e urbanismo. Por isso repito: eis aqui outra Carolina. Fico a pensar se também me tornei “vítima do sistema” (claro que sim!), agora mais velha, com menos tempo livre depois de quase 10 horas diárias corridas de trabalho...
Enfim... vamos ao filme... Dessa vez nossas meninas não povoaram tanto New York; elas pegaram um avião de primeira classe e foram parar em Abu Dhabi! E o ponto alto do filme se encontra no choque de costumes Oriente x Ocidente, de onde o diretor tirou tanto motivo para comédia e questionamentos. A comédia procede quase que 100% de Samantha que me fez chorar (juro!) de rir, enquanto os questionamentos vinham das demais que se encontravam perdidas sob a incumbência de ser mulher e ao mesmo tempo ser mãe, profissional ou esposa.
Ser mulher não é fácil e nunca será, mesmo depois de realizados tais sonhos como a maternidade, a profissão perfeita ou o casamento. Depois disso, fatalmente perguntas como “será que era isso mesmo que eu queria?” custam a calar... típico da alma feminina. E calar a boca das mulheres talvez seja o que, no íntimo, todo homem quer! Miranda foi muito feliz ao refletir que “os homens fingem estar confortáveis com mulheres fortes, mas muitos preferiam que comêssemos batatas com os véus”. E assim as moças e senhoras da tradicional Abuh Dabi se cobrem da cabeça aos pés, muitas delas escondendo até Louis Vitton da última coleção de primavera por debaixo de suas burcas, abayas e nikabs nada fashionistas!
Sou avessa a discussões feministas, mas diante de tais paradoxos colocados no filme, fica impossível incitar questões como essa. Paradoxo é única palavra que encontro para caracterizar a capital dos Emirados Árabes Unidos, uma das cidades mais ricas do mundo, onde sua arquitetura respira símbolos e significados, como tecnologia x tradição, arranha-céus x mesquitas antiqüíssimas.
Lar doce lar...
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